A prova do crime |
A importância da atribuição de prémios a quem se destaca em determinada área é tema esmiuçado o bastante para que eu não tenha que fazê-lo aqui. Mas ainda assim direi que o incentivo que daí decorre, para o vencedor, nomeados e restantes profissionais é muito importante. Urge reconhecer o mérito de quem trabalha todos os dias para ir mais além e que, nesse percurso, nos leva a todos consigo. Sobretudo nas circunstâncias actuais que o país atravessa. Porque para mim não se trata de uma questão de pessoalização da vitória em x pessoa, trata-se sim de reconhecer o valor de todos enquanto classe criativa, susceptível de criar valor para todos e para o país. E isto é mais que consagrar fulano ou sicrano como um ser de trabalho excepcional, até porque sabemos que qualquer dos três nomeados seria um justo vencedor (em última análise sabemos que existem outros tantos profissinais no mercado susceptíveis de serem premiados) .
Os premiados |
O exposto não retira em nada o valor e a carga simbólica dos vencedores. Se não, veja-se a título de exemplo a vitória do Alfaiate Lisboeta na categoria de Melhor Comunicação Digital. Não há como não nos sentirmos tocados por isto, nós bloggers. Nem que seja porque sentimos que fazemos parte, e numa dupla dimensão. Fazemos parte do projecto "Alfaiate Lisboeta" com os nossos comentários e visitas diários e fazemos parte dessa actividade cuja força começa a ser amplamente reconhecida, os blogues de moda. E já que se fala do Alfaiate, dizer que o seu discurso foi exemplar. Já todos sabemos o quão dotado é o Zé Cabral mas não é demais sublinhar-lhe a inteligência, patente nos seus textos de sensibilidade muito particular. Até porque nesta área não são usuais textos de tal carga emocional, muito menos escritos por um homem. E nesse sentido ele também deita por terra clichés de género.
Ficou-me na cabeça a parte em que ele falou das dúvidas que tantas vezes assaltam os bloggers acerca de se estar ou não a ser capaz de "criar valor" para os outros e para si próprio. Nunca como agora, após a explosão de blogues de moda em Portugal, esta questão foi tão pertinente. Pessoalmente gosto de acreditar que se tentarmos ser honestos e exigentes relativamente ao nosso trabalho, e se o fizermos com paixão, acabaremos por "criar valor" nem que seja para nós próprios, o que já não é de somenos.
Raquel Prates |
A 2ª edição do FA Portugal
Não tendo estado presente na 1ª edição, não tenho termo de comparação mas falarei do que vi. O evento pareceu-me glamouroso q.b. e bem organizado, o local muitíssimo bem escolhido, o Joaquim Monchique competente na condução da cerimónia - aliás a melhor pessoa para nos fazer sair da monotonia graças aos seus dislates humorísticos. Apesar da presença farta de gente conhecida do grande público notei a ausência de muitas figuras importantes no mundo da moda - designers, modelos e outros profissionais - coisa que não seria de esperar de um evento que se supõe ter esta importância. Gostei, por exemplo, de ver presente o veterano Augustus. Quanto aos outfits, a "farda preta" imperou, ou seja, as pessoas continuam com muito receio de se comprometer. Não é que não tivessem existido alguns bons exemplos in black, (caso da moça que acompanhava Nuno Baltazar), mas a ousadia foi parca. Mas houve exemplos entusiasmantes: Raquel Prates em Ana Salazar, Sofia Aparício em Aleksander Protic, a dupla Os Burgueses, aquela que suponho ser a companheira do Zé Cabral (num vestido amarelo lindo), Margarita Pugovka, Dariia Makarovad, a Vanessa do Pure Lovers. Também gostei de ver Laura Gonçalves e Claúdia Vieira em tailleures masculinos - very flattering. Nota de apreço aos homens que, na generalidade e dentro de um género muito clássico, se esmeraram na elegância.
Alguns dos prémios foram algo previsíveis mas a vitória de Mário Príncipe na categoria de Fotografia, por exemplo, foi-nos uma grata surpresa. Parece-me que ficámos bem representados em cada categoria.
Sofia Aparício |
O after party foi, em linguagem adolescente, fixe. Excelente música, bom ambiente, e para além do fenómeno bar aberto ser algo óptimo já em si, os cocktails eram qualquer coisa do outro mundo. Recordo-me particularmente de um que fumegava - o que me deixou num fascínio perfeitamente totó. A segunda melhor coisa que estes eventos proporcionam é que as pessoas se encontrem e possam trocar ideias e, a esse nível, a after party foi uma ocasião muito simpática para boas conversas. O que posso dizer de mais relevante acerca disto é que, curiosamente, "os grandes" são os mais acessíveis e aqueles que se mostram mais entusiasmados com a partilha de impressões (o que por vezes se pode tornar irónico se pensarmos nos exemplos opostos).
Nuno Baltasar e? |
Não sei quem são - elucidem-me. Mas a pinta hein? |
Concordo contigo em tudo que disseste :)
ResponderEliminarCada um deles, merecia ter ganho, quem não ganhou, não deixou de ser menos por causa disso.
Admiro-os muito ! *
É verdade querida, e obrigada :)
ResponderEliminarOlá! Muito obrigada! Também gostei muito de te ver! =) E gostei muito do post! beijinho
ResponderEliminarawww a sério?! que coincidência :o
ResponderEliminarPara quem não esteve presente este post conseguiu trazer até mim um bocado do que se passou :))
ResponderEliminarGostei mt do post ;)
E de conhecer o teu blog :))
Sou nova seguidora :)
xoxo
http://iamsokitty.blogspot.com/