Cold days inspiration

Antes de partir para norte andei a ver se me inspirava para tentar evitar o efeito saco de batatas uniforme e monocromático. E acho que não me sai mal. O que me parece é que os looks invernais exigem um tempinho extra de composição - têm que ser mais pensados - precisamente por serem mais difíceis. Querer estar gira sem apanhar uma valente gripe nunca foi a minha especialidade. Sendo friorenta e atreita a resfriados, comigo não resulta ter pele à vista no inverno, por isso a história de ter um camisolão hiper quente, uma saia e pernas à vista é para esquecer. Ou decotes. Por isso tenho que apostar nas sobreposições, nos acessórios e tentar criar volumes diferenciados na figura (em vez de um grande volume único). As cores também são importantes porque sinto sempre a falta de ter uma cor a quebrar os tons dominantes. E depois porque me aborrece imenso andar sempre de escuro no inverno. A estação em si já é pesadona por isso sinto falta de incorporar alguma alegria nas fatiotas. As cores quente têm sido chave: o vermelho, o bordeaux (que agora parece ter sido rebaptizado "burgundy", vá lá eu perceber porquê), os laranjas fortes. As collants e leggings grossas também porque, quando se está atafulhado em tecidos vários na parte de cima, elas fazem maravilhas pela estilização da figura. E as minhas cerejas são botas quentes de cano médio ou alto e super cachecóis que, se repararem, funcionam como um gigante colar em torno do pescoço - efeito que aprecio muito.
A minha investigação para o inverno vai continuar até porque este ano, por ir rumar a terras gélidas, vou ter que me preparar bem. Tenho que encontrar umas botas, luvas e casacão para neve - já estou arrependida por não ter feito estas compras em Paris, onde há milhentas opções de peças únicas e quentinhas. Cá, como o frio não constitui desafio de maior, torna-se mais difícil encontrar casacos e botas para condições meteorológicas mais drásticas. Mas eu vou fazer por isso.