domingo, 9 de outubro de 2011

Inspirational: "Midnight in Paris"

Thank God we still have Woody Allen! Os seus filmes são como uma garrafa de oxigénio num tempo em que se pagasse o ar que se respira (não estamos longe disso, aliás). Saí da sala leve e feliz, eu a compreender a razão de toda a gente sair da sala a sorrir na sessão que antecedeu a minha, o tal sorriso parvo nos lábios. Um filme iluminado. Quem não dá por si a criar mundos imaginários de refúgio ao presente que pesa? Quem não sonhou viver nos anos 20, 50, 70; a nostalgia de um mundo que já foi, um mundo que, de mitificado, nos parece tão paradisíaco relativamente aos tempos em que vivemos. Let's stick to our own golden era. Mas continuemos a criar estes universos paralelos porque são eles que nos alimentam.
Quem afirma que a cultura e a arte não são bens de primeira necessidade, e portanto, dispensáveis em tempos de crise, nunca sentiu o alívio proporcionado por um livro, um filme, um espectáculo a quebrar o cinzentismo e a opacidade de um dia difícil. A arte alivia-nos e inspira-nos a ter boas ideias para reinventar o presente, a encontrar novas soluções para quebrar com o esquematismo mental que tantas vezes nos aprisiona.

Mas foquemo-nos no tema que aqui me traz. No filme, as fatiotas típicas da mulher contemporânea e urbana, que nos parece à partida encantadoramente elegante, sóbria e simples,

board: Relookage

Dão lugar a isto:

Board: Relookage
Nada surge por acaso e compreendi por que é que as tendências anos 20 estão, aos poucos, a regressar. Na maquilhagem, olhos fortes e batom carmim. Vestidos leves e elegantes. Seda. Braços, costas e tornozelos à vista. Silhueta tubular. Bolsas pequenas-de-trazer-no-braço. Mulheres magras, sem formas. Na cabeça uma tira de tecido ou um "cloche", chapéu enterrado na cabeça. Cabelos curtos, "à la garçonne". Pérolas, luvas compridas, rendas, boquilhas compridas para o tabaco.

O casal das primeiras fotos dá lugar a este:


E a Paris que se nos apresenta é a de sempre, bela e intemporal, mas também boémia e transgressora. Saí da sala a suspirar por tão desejada viagem, e a pensar: e se em vez de Amesterdão... fosse Paris? ;)

board: Teoria Criativa

Sem comentários:

Enviar um comentário

Thank you for your comment!
Warning: ofensive comments will not be posted.